quarta-feira, 18 de maio de 2011

Espelhos do Medo

Os espelhos do medo
Ao sentir o toque frio
Da mão de quem estava na chuva, ninguém sorriu

Os espelhos do medo
Ao sentir uma lágrima percorrer seu rosto
Mas uma vez, o tal desgosto

Os espelhos do medo
A insistência dos tropeços
A frequência dos desacertos

Os espelhos do medo
A coragem para matar
Matar um sonho e chorar

Os espelhos do medo
O medo de assumir
Que errei que perdi

Os espelhos do medo
Pois nada mais é real
E onde está o sabor do sal?

Os espelhos do medo
Quanto custa a felicidade?
Mas não vende na minha cidade

Os espelhos do medo
Só refletem a fraqueza
Trazendo à dor uma certeza

Os espelhos do medo
Nunca acreditei em superstição
Sem essa de 7 anos de azar!

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